O artista espanhol Ricardo Fanju começou no Bailundo, província do Huambo, um projecto de transformação de blindados e tanques de guerra em belas obras de artes, trazendo para o mundo e para os angolanos a mensagem de uma Angola sem guerra, e fazer com que aquilo que seria motivo de tristeza passe hoje verdadeiros pontos turísticos.
A ideia de pintar os tangues surgiu depois de o artista ver os “tanques sujos, feios, estragados, formando parte da paisagem, imaginou que poderiam ser um reclame atractivo, um ponto de interesse turístico, o país dos tanques pintados”.
O projecto consiste em pintar os blindados e tanques de guerra abandonados que estão espalhados por todo o país, mas dando começo na sede do Bailundo, zona que sofreu muito com os confrontos, pretendendo-se para isso reunir esforços, os de artistas angolanos emergentes e os de artistas já consolidados, e ainda os esforços que o artista considera mais importantes, os das crianças angolanas a pintar um blindado, dando vida a esta nova etapa de Angola.
Por outro lado, a ideia é dar a conhecer ao mundo que a etapa da guerra e dor em Angola já foi superada, que Angola está realmente a mudar, e não há nada melhor do que uma imagem que vale mais que mil palavras, uma imagem que é capaz de transformar uma lembrança desse passado obscuro e sombrio em algo bonito e alegre. É dizer ao mundo: “Sim, em Angola houve muita guerra e destruição, mas isso já é parte do passado, pois hoje você pode vir ao nosso país com total tranquilidade, será bem recebido”, lê-se na nota que recebemos.
Como conta o artista, nas suas viagens pelo país, sempre encontrou a mesma imagem, blindados ao longo da estrada, como se fosse algo normal, “quando é algo totalmente anormal, que em poucos lugares do mundo acontece”. “Sendo uma visão desoladora, vamos pelo menos torná-la bonita e atractiva”, afirma Ricardo Fanju.
Colocar Angola no mapa já que, de acordo com o artista, na Europa quase ninguém sabe onde fica Angola, sendo que a única coisa que conseguem imaginar são minas, miséria, guerra e catanas, não obstante as valências que Angola tem. Assim, fechar feridas e promover a arte como veículo de integração figuram-se entre os grandes objectivos do projecto.
“No meu país, ainda se fala da guerra civil que terminou no ano 1936! Ainda há velhos ressentimentos entre os dois bandos antigamente enfrentados. Queremos aprender com os nossos erros e tratar que não se repitam cá. Os que têm talento podem se expressar, dando valor ao país com as suas contribuições”, destaca Fanju.
Entretanto, o projecto está na sua fase embrionária e já foram pintados dois tanques de guerra. O artista descarta o risco pelos engenhos explosivos, porquanto receia mais as abelhas que encontra nos blindados e nos sucateiros que estão a cortar os tanques aos bocados para vender como ferro velho.
O artista espanhol Ricardo Fanju começou no Bailundo, província do Huambo, um projecto de transformação de blindados e tanques de guerra em belas obras de artes, trazendo para o mundo e para os angolanos a mensagem de uma Angola sem guerra, e fazer com que aquilo que seria motivo de tristeza passe hoje verdadeiros pontos turísticos.
A ideia de pintar os tangues surgiu depois de o artista ver os “tanques sujos, feios, estragados, formando parte da paisagem, imaginou que poderiam ser um reclame atractivo, um ponto de interesse turístico, o país dos tanques pintados”.
O projecto consiste em pintar os blindados e tanques de guerra abandonados que estão espalhados por todo o país, mas dando começo na sede do Bailundo, zona que sofreu muito com os confrontos, pretendendo-se para isso reunir esforços, os de artistas angolanos emergentes e os de artistas já consolidados, e ainda os esforços que o artista considera mais importantes, os das crianças angolanas a pintar um blindado, dando vida a esta nova etapa de Angola.
Por outro lado, a ideia é dar a conhecer ao mundo que a etapa da guerra e dor em Angola já foi superada, que Angola está realmente a mudar, e não há nada melhor do que uma imagem que vale mais que mil palavras, uma imagem que é capaz de transformar uma lembrança desse passado obscuro e sombrio em algo bonito e alegre. É dizer ao mundo: “Sim, em Angola houve muita guerra e destruição, mas isso já é parte do passado, pois hoje você pode vir ao nosso país com total tranquilidade, será bem recebido”, lê-se na nota que recebemos.
Como conta o artista, nas suas viagens pelo país, sempre encontrou a mesma imagem, blindados ao longo da estrada, como se fosse algo normal, “quando é algo totalmente anormal, que em poucos lugares do mundo acontece”. “Sendo uma visão desoladora, vamos pelo menos torná-la bonita e atractiva”, afirma Ricardo Fanju.
Colocar Angola no mapa já que, de acordo com o artista, na Europa quase ninguém sabe onde fica Angola, sendo que a única coisa que conseguem imaginar são minas, miséria, guerra e catanas, não obstante as valências que Angola tem. Assim, fechar feridas e promover a arte como veículo de integração figuram-se entre os grandes objectivos do projecto.
“No meu país, ainda se fala da guerra civil que terminou no ano 1936! Ainda há velhos ressentimentos entre os dois bandos antigamente enfrentados. Queremos aprender com os nossos erros e tratar que não se repitam cá. Os que têm talento podem se expressar, dando valor ao país com as suas contribuições”, destaca Fanju.
Entretanto, o projecto está na sua fase embrionária e já foram pintados dois tanques de guerra. O artista descarta o risco pelos engenhos explosivos, porquanto receia mais as abelhas que encontra nos blindados e nos sucateiros que estão a cortar os tanques aos bocados para vender como ferro velho.