
Rui Alberto Vieira Dias Rodrigues Mingas nasceu em Luanda, a 12 de maio de 1939, numa família marcada pelo talento e pela consciência cultural. Sobrinho de Liceu Vieira Dias, fundador do lendário grupo N’Gola Ritmos, cresceu entre a poesia, os ritmos do semba e o fervor nacionalista que mais tarde marcaria a sua obra.
Antes de se tornar num dos nomes maiores da música angolana, Rui Mingas destacou-se como atleta. Em Portugal, onde viveu durante os anos 50 e 60, foi recordista nacional no salto em altura pelo Benfica. Mas seria com a guitarra e a voz que deixaria a sua marca mais profunda.
Nos anos 60 e 70, a sua música começou a ecoar como manifesto e esperança. Canções como “Monangambé”, inspirada num poema de António Jacinto, tornaram-se símbolos de resistência. A sua arte unia o lirismo angolano à urgência da libertação, dando som à alma de um país ainda por nascer.
Em 1975, a independência de Angola trouxe-lhe um dos maiores reconhecimentos: Rui Mingas compôs a música do hino nacional “Angola Avante!”, com letra de Manuel Rui Monteiro. A sua melodia passou a acompanhar a história da nação e permanece, até hoje, como símbolo de unidade e identidade.
Paralelamente à música, Mingas dedicou-se à vida pública. Foi secretário de Estado dos Desportos, deputado e embaixador de Angola em Portugal. Mais tarde, abraçou a educação, participando na fundação da Universidade Lusíada de Angola e criando o selo musical “Xi Amyé Mingas”, voltado para a preservação da memória cultural do país.
Entre os temas mais marcantes da sua carreira, “Meninos do Huambo” destaca-se como um retrato poético da infância angolana e um apelo à esperança. O seu repertório, repleto de referências à terra, à luta e à dignidade, fez de Rui Mingas uma figura maior da canção de intervenção africana.
Rui Mingas faleceu em Lisboa, a 4 de janeiro de 2024, aos 84 anos. O Governo e o povo angolano renderam-lhe homenagem, reconhecendo nele o artista que deu voz à pátria e que soube, com elegância e convicção, cruzar a arte, o desporto e o serviço público.
Hoje, o seu nome permanece gravado na memória colectiva de Angola — como o compositor do hino, o cantor de “Meninos do Huambo”, o atleta de talento e o diplomata da cultura. Rui Mingas foi, e continuará a ser, uma das vozes mais autênticas da identidade angolana.
Rui Alberto Vieira Dias Rodrigues Mingas nasceu em Luanda, a 12 de maio de 1939, numa família marcada pelo talento e pela consciência cultural. Sobrinho de Liceu Vieira Dias, fundador do lendário grupo N’Gola Ritmos, cresceu entre a poesia, os ritmos do semba e o fervor nacionalista que mais tarde marcaria a sua obra.
Antes de se tornar num dos nomes maiores da música angolana, Rui Mingas destacou-se como atleta. Em Portugal, onde viveu durante os anos 50 e 60, foi recordista nacional no salto em altura pelo Benfica. Mas seria com a guitarra e a voz que deixaria a sua marca mais profunda.
Nos anos 60 e 70, a sua música começou a ecoar como manifesto e esperança. Canções como “Monangambé”, inspirada num poema de António Jacinto, tornaram-se símbolos de resistência. A sua arte unia o lirismo angolano à urgência da libertação, dando som à alma de um país ainda por nascer.
Em 1975, a independência de Angola trouxe-lhe um dos maiores reconhecimentos: Rui Mingas compôs a música do hino nacional “Angola Avante!”, com letra de Manuel Rui Monteiro. A sua melodia passou a acompanhar a história da nação e permanece, até hoje, como símbolo de unidade e identidade.
Paralelamente à música, Mingas dedicou-se à vida pública. Foi secretário de Estado dos Desportos, deputado e embaixador de Angola em Portugal. Mais tarde, abraçou a educação, participando na fundação da Universidade Lusíada de Angola e criando o selo musical “Xi Amyé Mingas”, voltado para a preservação da memória cultural do país.
Entre os temas mais marcantes da sua carreira, “Meninos do Huambo” destaca-se como um retrato poético da infância angolana e um apelo à esperança. O seu repertório, repleto de referências à terra, à luta e à dignidade, fez de Rui Mingas uma figura maior da canção de intervenção africana.
Rui Mingas faleceu em Lisboa, a 4 de janeiro de 2024, aos 84 anos. O Governo e o povo angolano renderam-lhe homenagem, reconhecendo nele o artista que deu voz à pátria e que soube, com elegância e convicção, cruzar a arte, o desporto e o serviço público.
Hoje, o seu nome permanece gravado na memória colectiva de Angola — como o compositor do hino, o cantor de “Meninos do Huambo”, o atleta de talento e o diplomata da cultura. Rui Mingas foi, e continuará a ser, uma das vozes mais autênticas da identidade angolana.