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Condenada cidadã a 16 anos de prisão por envenenar nove crianças em três províncias do país

Condenada cidadã a 16 anos de prisão por envenenar nove crianças em três províncias do país
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Ana Paula Isabel, de 19 anos, acusada pelo Ministério Público (MP) de ter assassinado nove crianças em três províncias desde o ano passado, foi condenada nesta terça-feira a 16 anos de prisão maior, pelo Tribunal Provincial do Huambo (TPH). Os crimes ocorreram nas províncias da Huíla, Bié, e Huambo, sendo que as primeiras vítimas foram assassinadas no ano de 2017, no município do Lubango, e na província do Bié, e a última este ano, na província do Huambo.

O juiz Sebastião Nangamãle, citado pelo jornal O País, considerou a mulher culpada pelos nove homicídios voluntários, por ter dado, segundo adiantou o porta-voz da Polícia Nacional na Huíla, intendente Carlos Alberto, um “óleo Indiano”, usado para dar volume ao cabelo, cujo efeito foi a morte das crianças.

Segundo Sebastião Nangamãle, as provas produzidas durante o julgamento todas pesam contra a ré porque o objectivo da arguida era raptar qualquer menor do sexo feminino, pretensamente depois de adormecidas com a mistura que lhes juntava à comida, pelo que o tribunal considerou como provado que a mulher sabia da letalidade do produto quando dado a ingerir às crianças, embora esta tenha alegado que a ideia era raptá-las depois de adormecidas.

“Nestes termos, os juízes deste tribunal julgam procedente, porque provada a acusação do magistrado do Ministério Público, fica a ré Ana Paula Isabel condenada a 16 anos de prisão maior”, sentenciou.

Assim, Ana Paula Isabel deverá pagar ainda uma multa 60 mil kwanzas de taxa de justiça e uma compensação a cada uma das famílias das vítimas 1 milhão de Kwanzas pelo crime de envenenamento.

Nas alegações finais, o Ministério Público pedia pena máxima de prisão que, relembre-se, é de 24 anos, mas entretanto, o intendente Carlos Alberto explicou que os crimes não foram incluídos no relatório policial do ano passado porque, na altura, pensou-se que aquelas mortes foram resultado de uma doença desconhecida.

Lembrou ainda o porta-voz da PN na Huíla que os menores foram levados para o hospital, onde lhes foi diagnosticada uma doença indeterminada, “como se fosse uma epidemia”, não tendo, portanto, “levantado suspeita de crime às autoridades”. Depois disso, a mulher saiu da província para o Bié, onde acabou por cometer mais três crimes, aos quais se referiu como tentativas de rapto, tal como na Huíla, mas sem dar quaisquer explicações ou fins que pretendia dar às crianças se tivesse tido sucesso nesses raptos.

Também no Bié, relata ainda a fonte, não levantou suspeitas, apesar de ali provocado mais três mortes de crianças de tenra idade. Todas as nove crianças mortas tinham menos de 10 anos, acabando apenas esta volta da morte no Huambo, onde a acusada foi detida depois de ter provocado mais uma morte.

A sua detenção só foi possível porque foi encontrada com a criança morta, tendo, depois de detida, durante os interrogatórios policiais, confessado o rasto de mortes que deixou desde a Huíla ao Bié.

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Pedro Kididi

Jornalista

Ana Paula Isabel, de 19 anos, acusada pelo Ministério Público (MP) de ter assassinado nove crianças em três províncias desde o ano passado, foi condenada nesta terça-feira a 16 anos de prisão maior, pelo Tribunal Provincial do Huambo (TPH). Os crimes ocorreram nas províncias da Huíla, Bié, e Huambo, sendo que as primeiras vítimas foram assassinadas no ano de 2017, no município do Lubango, e na província do Bié, e a última este ano, na província do Huambo.

O juiz Sebastião Nangamãle, citado pelo jornal O País, considerou a mulher culpada pelos nove homicídios voluntários, por ter dado, segundo adiantou o porta-voz da Polícia Nacional na Huíla, intendente Carlos Alberto, um “óleo Indiano”, usado para dar volume ao cabelo, cujo efeito foi a morte das crianças.

Segundo Sebastião Nangamãle, as provas produzidas durante o julgamento todas pesam contra a ré porque o objectivo da arguida era raptar qualquer menor do sexo feminino, pretensamente depois de adormecidas com a mistura que lhes juntava à comida, pelo que o tribunal considerou como provado que a mulher sabia da letalidade do produto quando dado a ingerir às crianças, embora esta tenha alegado que a ideia era raptá-las depois de adormecidas.

“Nestes termos, os juízes deste tribunal julgam procedente, porque provada a acusação do magistrado do Ministério Público, fica a ré Ana Paula Isabel condenada a 16 anos de prisão maior”, sentenciou.

Assim, Ana Paula Isabel deverá pagar ainda uma multa 60 mil kwanzas de taxa de justiça e uma compensação a cada uma das famílias das vítimas 1 milhão de Kwanzas pelo crime de envenenamento.

Nas alegações finais, o Ministério Público pedia pena máxima de prisão que, relembre-se, é de 24 anos, mas entretanto, o intendente Carlos Alberto explicou que os crimes não foram incluídos no relatório policial do ano passado porque, na altura, pensou-se que aquelas mortes foram resultado de uma doença desconhecida.

Lembrou ainda o porta-voz da PN na Huíla que os menores foram levados para o hospital, onde lhes foi diagnosticada uma doença indeterminada, “como se fosse uma epidemia”, não tendo, portanto, “levantado suspeita de crime às autoridades”. Depois disso, a mulher saiu da província para o Bié, onde acabou por cometer mais três crimes, aos quais se referiu como tentativas de rapto, tal como na Huíla, mas sem dar quaisquer explicações ou fins que pretendia dar às crianças se tivesse tido sucesso nesses raptos.

Também no Bié, relata ainda a fonte, não levantou suspeitas, apesar de ali provocado mais três mortes de crianças de tenra idade. Todas as nove crianças mortas tinham menos de 10 anos, acabando apenas esta volta da morte no Huambo, onde a acusada foi detida depois de ter provocado mais uma morte.

A sua detenção só foi possível porque foi encontrada com a criança morta, tendo, depois de detida, durante os interrogatórios policiais, confessado o rasto de mortes que deixou desde a Huíla ao Bié.

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